"Vai virar as costas para o seu povo?". Esse foi o questionamento do Deputado Estadual Sargento Reginauro ao falar sobre o reajuste salarial dos servidores do Ceará, que ficou fora da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) de 2024 e, até o momento, a discussão não foi iniciada na Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE). O líder do União Brasil na Alece está preocupado com o direito dos profissionais, enviando na última quarta-feira (28), ofício ao Governo do Estado cobrando informações sobre o planejamento e execução desse reajuste.
Em 2023, o reajuste dos servidores públicos estaduais não foi incluído no orçamento da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) de 2024 sob a promessa de ser enviado à Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE) em fevereiro deste ano, porém o mês acabou e o debate não foi iniciado. Inclusive, tal discussão foi cobrada pelo Sargento Reginauro durante a sessão legislativa de terça (27): "O que aconteceu com o PT? Acabou a luta pelo interesse dos trabalhadores? Por que ninguém mais fala do reajuste dos servidores nesta Casa? E agora, Governador, vai virar as costas para o seu povo?", questionou na tribuna.
Segundo o deputado, sem valorizar o servidor, não há um serviço público de qualidade, especialmente quando não há debate e nem perspectiva de recebimento. "Já passou janeiro, fevereiro e março se aproxima, logo os servidores não receberão em março e possivelmente nem em abril. Se não há debate, como haverá reajuste?", destaca. Reginauro questiona ainda sobre a atuação dos sindicatos: "Onde estão os sindicatos que no ano passado negociaram um acordo difícil? Parece que agora todos estão em silêncio", lamenta.
Informação e transparência
Através de ofício, enviado ao governador, Sargento Reginauro reafirma a sua luta na defesa dos direitos dos servidores e salienta a necessidade de transparência e informação. No documento, o parlamentar destaca que o compromisso anunciado previamente pelo governador sobre a data-base (janeiro) é crucial na garantia da valorização e da estabilidade econômica desses profissionais e suas famílias, portanto é necessário que seja cumprido.