Um dos suspeitos preso pelo latrocínio que vitimou o cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Geldson Coelho de Araújo e pelo roubo a outras duas pessoas, em uma hamburgueria no bairro Jardim América, em Fortaleza, foi indiciado pela Polícia Civil do Ceará (PCCE). A prisão foi realizada no Estado de Pernambuco, enquanto o homem tentava fugir para o Rio de Janeiro, dois dias após o crime.
Em Relatório Final enviado à Justiça Estadual no último dia 1º de abril, a 11ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou Igor Belarmino Sousa por um latrocínio (roubo seguido de morte), dois roubos com emprego de arma de fogo e pelo crime de disparo de arma de fogo.
Para cometer os crimes, Igor Belarmino contou com o auxílio de comparsas que ainda não foram identificados, segundo a Polícia Civil. As investigações seguem em prol de identificar e localizar outros suspeitos.
Segundo o Relatório, dois assaltantes desembarcaram de um veículo Volkswagen Voyage e anunciaram o assalto contra o PM Geldson Coelho e outros dois homens, que estavam na hamburgueria localizada na Rua João Sorongo, no Jardim América, na noite de 21 de março de 2024.
Mesmo baleado, o policial militar ainda entrou em luta corporal com os assaltantes e tentou persegui-los. Entretanto, os suspeitos entraram no carro, e um tiro foi efetuado contra a cabeça do PM. O automóvel dos criminosos ainda foi utilizado para atropelar o policial, que morreu no local.
HOMEM FUGIRIA PARA MORRO NO RIO DE JANEIRO
Igor Belarmino foi preso em flagrante, em uma ação conjunta entre policiais do Ceará e de Pernambuco, em uma pousada no município pernambucano de Salgueiro, no dia 23 de março deste ano. O suspeito chegou a negar o seu nome, mas policiais encontraram um bilhete de um ônibus, que sairia daquela cidade para o Rio de Janeiro, às 19h daquele mesmo dia.
O suspeito confessou à Polícia que viajaria para o Rio, porque imaginava que poderia ser investigado pelo latrocínio do policial militar no Ceará. Entretanto, Igor negou participação nos crimes e alegou que apenas emprestou o seu veículo para outro homem, na noite da ação criminosa.
A investigação contradiz a versão do preso. A Polícia Civil teve acesso a imagens de câmeras da região onde aconteceu o latrocínio, que mostram a ação dos criminosos. Para os investigadores, Igor Belarmino Sousa foi identificado nas filmagens por meio de uma tatuagem na perna esquerda.
O suspeito preso já tinhha passagens pela Polícia por homicídios, organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo, e estava em liberdade desde dezembro do ano passado.