A imprensa divulgou um fato atípico durante reunião nessa segunda-feira, 18, na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), teria registrado alta tensão, até mesmo com socos na mesa.
Conforme a colunista Roseann Kennedy, do Estadão, o ministro Camilo Santana (Educação) e o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE), chegaram perto de brigarem fisicamente. A pauta da reunião era a proposta do governo de reforma do Ensino Médio, da qual Mendonça é relator.
“Tenho respeito pelo ministro, nossas diferenças são ideológicas sobre educação e o jogo está zerado”, disse o parlamentar ao Estadão. Ele não negou a discussão.
O tópico que gerou divergências foi relativo à carga horária para a formação geral básica. O Ministério da Educação defende 2,4 mil horas. Mendonça estabeleceu teto de 2,1 mil horas e tentou fechar acordo com 2,2 mil horas, conforme a colunista. O ministro cearense não faz concessões neste ponto.
O relator se queixou a
interlocutores, conforme a colunista, da "intransigência" de Camilo,
que atribui a razões pessoais. O parlamentar de Pernambuco foi ministro da
Educação no governo Temer, que aprovou o modelo de Ensino Médio que vige atualmente.
O governo Lula conta desta vez com o apoio de Lira, motivo pelo qual reúne
expectativa de vitória no plenário ainda nesta semana.
Também participaram o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o deputado Damião Feliciano (União-PB), o coordenador da Frente Parlamentar da Educação, Rafael Brito (MDB-AL) e o deputado Moses Rodrigues (União-CE).